O Paracetamol é um medicamento muito usado por adultos e até mesmo por crianças. Mas, o seu uso deve ser feito com muito cuidado e cautela. Nos Estados Unidos, o Paracetamol é responsável por cerca de 150 mortes e mais de 2.500 hospitalizações por ano. Doses diárias dessa substância acima de 4g, já merecem atenção. Já doses acima de 10g diárias, são consideradas altamente tóxicas e capazes de gerar lesões graves no fígado.

Isso ocorre, pois todo medicamento que é ingerido por um indivíduo, é metabolizado pelo fígado, para então ser eliminado pelo organismo. Nesse processo de metabolização do Paracetamol, é gerado um metabólito extremamente tóxico para o fígado que pode causar danos ao mesmo. Nas doses terapêuticas normais, ou seja, 4g por dia, o fígado possui mecanismos de proteção que são capazes de lidar com esse metabólito tóxico, que uma vez sendo gerado é eliminado pelo fígado.

Quando as doses ultrapassam 10g por dia, a quantidade de metabólitos produzidos é tão grande que eles começam a se ligar e necrosar as células hepáticas, causando uma falência hepática. O indivíduo vai sofrer então de uma hepatite tóxica, que pode levar a morte em muitos casos.

Em nenhuma hipótese é recomendado o uso concomitante de Paracetamol e álcool. Isso porque, assim como o Paracetamol, o álcool é extremamente metabolizado pelo fígado e quando ingerido, induz a atividade hepática. Então, quando um indivíduo faz uso do Paracetamol e a atividade hepática está induzida pelo álcool, a produção do metabólito tóxico aumenta consideravelmente.

Além disso, pessoas que fazem uso crônico de álcool, podem ter o limiar de toxicidade muito menor para o uso do Paracetamol. Existem casos na literatura médica em que indivíduos desenvolveram quadros tóxicos com o uso de apenas 3 a 4g diárias de Paracetamol. Portanto, fica o alerta para que você saiba os riscos que corre ao fazer o uso desse medicamento!